domingo, 9 de agosto de 2015

Posto de saúde

 Na cabeça dor lancinante
Delírio: Pandora ou asna de Baleão!?
O soro há muito não pinga
Falta remédio, falta seringa.

Espera, agoniza, infinita tortura
Febre, moleza, tontura.
Um áspero amarelo engole e inala
Consulta: volte depois!
Pois o médico faltou na escala.

Desvio, tanto descaso
Que SUS-tenta omitir
No chão de gente um tapete
Sem bisturi, vai de canivete!?

Na veia entra a agulha
Na visão nada que orgulha
Nada de curativo, nem de exames
Só promessas infames.

Uma pedra... no meio do caminho
Uma pedra no rim
Como voltar da anestesia?
Cruz, a-dor-meço na desigualdade.
Lenços nos túmulos das alas...
Cala o grito, cala a vida.

Viva a indústria farmacêutica
Virose, virose, é dose?
Paleolítico, neolítico,... ansiolítico.

O posto de saúde

O-posto de saúde... 

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