Quem me dera o óleo bruto
Das palavras jorrasse
Que injetasse dor às estrofes
E delas vertesse um mísero fruto.
Que refinado fosse este poema
Tornado em explosivos versos
Que mudasse e tocasse
pelo menos um motor vivente.
Que a pressão profunda
inflasse a fraca rima
E a fizesse útil e rica.
(Mas só ar sai da tubulação...)
Quanto desse pré-sal
serão lágrimas desse novo velho Portugal!
Quanta corrupção nesse libriano campo abissal!
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